Ciclone Idai
Com ventos de 200 km/h, o ciclone Idai deixou um rastro de destruição em Moçambique e no Zimbábue em meados de março. Pouco antes, o Malaui já vinha sendo castigado por fortes chuvas, causadas pela mesma alteração climática que originou o Idai. As consequentes inundações provocaram mortes e deixaram milhares de desabrigados, que passaram a viver em instalações improvisadas, sem acesso a cuidados e água limpa — condições que contribuem para a proliferação de doenças. Equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) chegaram à região atingida logo após a passagem do ciclone, avaliaram as necessidades e orientaram o início da operação de emergência. Mais de 100 toneladas de suprimentos e centenas de profissionais foram enviados para ajudar na resposta ao desastre. No fim de março, o Ministério da Saúde local declarou um surto de cólera na cidade de Beira, em Moçambique. As equipes de MSF também apoiaram a identificação e o tratamento de casos de cólera. Paralelamente, realizaram atividades de promoção de saúde nas comunidades, para explicar os riscos de contaminação, as formas de se prevenir e onde buscar ajuda, quando necessário. MSF segue trabalhando para reabilitar postos de saúde danificados, a fim de retomar o atendimento médico a pacientes com doenças crônicas que tiveram seu tratamento interrompido.