“Trabalhar aqui pode ser difícil. Quando preciso de um descanso, subo ao telhado da nossa clínica. De lá, você pode ver muitos pássaros – e que as pessoas os alimentam! É estranho, quando elas próprias têm tão pouco. Mas talvez achem nisso uma forma de liberdade”, disse um de nossos psicólogos.

O campo de refugiados de Shatila, em Beirute, no Líbano, foi criado em 1949, para abrigar palestinos. Com a eclosão da guerra na Síria, muitos sírios também buscaram refúgio neste campo, onde hoje Médicos Sem Fronteiras mantém uma clínica e um centro de saúde para mulheres. A ilustradora Ella Baron viajou até Shatila e esteve na clínica, onde conversou com a equipe de MSF e registrou a realidade de nossas pacientes.

“‘É um menino ou uma menina?’ Essa é a primeira pergunta em todo ultrassom. Se a mulher estiver esperando uma menina, isso pode causar tensão com sua família, então respondemos que não sabemos. Eu digo a ela que nossa prioridade é a saúde dela e do bebê e mostro seu corpo, pés, mãos, rosto, e a deixo ouvir seu coração. Ainda sinto alegria a cada parto que faço”, contou uma de nossas obstetrizes.

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