República Democrática do Congo

Saiba como MSF atuou no país em que os recursos financeiros foram mais necessários

Ano em que MSF trabalhou pela primeira vez no país: 1977 

1.826.267 consultas ambulatoriais
776.627 pacientes de malária tratados
102.587 pacientes internados

Na República Democrática do Congo (RDC), 2018 foi marcado por novas ondas de extrema violência e surtos de doenças. Médicos Sem Fronteiras (MSF) manteve 54 projetos médicos em 17 das 26 províncias do país, oferecendo assistência médica abrangente onde ela é mais necessária. Respondemos a nove surtos de sarampo e a dois surtos sucessivos de Ebola em 2018, incluindo o maior já registrado no país, ainda em andamento no fim do ano.

Assistência a comunidades deslocadas e anfitriãs

Desde 2016, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas pela violência na região da Grande Kasai. Em 2018, nossas equipes na região apoiaram hospitais de referência, bem como 35 centros de saúde com nutrição, pediatria, cuidados de saúde materna, cirurgia para traumas provocados por violência, tratamento para sobreviventes de violência sexual e encaminhamentos. Realizamos mais de 80 mil consultas médicas na cidade de Bunia e no território de Djugu, província de Ituri, onde confrontos causaram mais deslocamentos em larga escala. Continuamos a ajudar as pessoas deslocadas em Kalemie, na província de Tanganyika, oferecendo itens de primeira necessidade e água, assim como cuidados de saúde e suporte psicológico.

Para ajudar os refugiados vindos da República Centro-Africana, apoiamos hospitais e centros de saúde no norte de Ubangi e mantivemos clínicas móveis. Em Bili, apoiamos serviços de emergência, pediatria e neonatologia no hospital de referência e 50 centros e postos de saúde. Ao longo da fronteira com o Sudão do Sul, tratamos mais de 48 mil refugiados.

Atendimento integral nas províncias de Kivu

As províncias de Kivu têm sido afetadas por conflitos há mais de 25 anos. Em Kivu do Norte, realizamos programas médicos abrangentes, apoiando os principais hospitais de referência e centros de saúde. Em Kivu do Sul, oferecemos tratamento para malária, HIV, tuberculose, desnutrição, infecções respiratórias agudas e doenças diarreicas. O novo centro de saúde em Kusisa, construído em 2018, oferece alas de maternidade, pediatria, emergência e uma sala de cirurgia.

Tratamento de sobreviventes de violência sexual

Em Kananga, na província de Kasai Central, tratamos de 200 a 250 sobreviventes de violência sexual por mês, a maioria mulheres, mas também homens e crianças. Também estabelecemos serviços psicológicos e médicos em um hospital e quatro centros de saúde em Salamabila, na província de Maniema, bem como aumentamos os serviços em outros seis centros de saúde na província de Ituri, testando aplicativos para ajudar a melhorar a oferta de tratamento para 5.500 pacientes.

Resposta a epidemias

Em 2018, nossas equipes de emergência realizaram vigilância e diagnóstico inicial em 10 locais em todo o país. Respondemos a nove surtos de sarampo que afetaram as províncias de Alto Uélé, Ituri, antigo Katanga, Kasai, Maniema e Tshopo, oferecendo cuidados e apoiando o Ministério da Saúde para conter a disseminação da doença. Também apoiamos a resposta a grandes surtos de cólera que afetam muitas áreas, incluindo cidades como Kinshasa, Lubumbashi, Ngandajika e Mbuji-Mayi. Em Maniema, continuamos apoiando o Ministério da Saúde com gestão, busca ativa de casos e tratamento da doença do sono (tripanossomíase humana africana). Mantemos um grande programa de HIV/Aids no Centro Hospitalar de Kabinda, em Kinshasa, onde atendemos mais de 2 mil pacientes em 2018. Nossas equipes apoiam as atividades de HIV/Aids de dois outros hospitais em Kinshasa e mantêm programas de orientação sobre HIV em três dos centros de saúde da cidade.

A RDC sofreu duas epidemias de Ebola no ano; a segunda delas é a maior da história do país. A epidemia se mostrou extremamente difícil de controlar, apesar da mobilização maciça de recursos. A taxa de infecção tem aumentado continuamente e os profissionais lutam para conquistar a confiança da população, sugerindo que a estratégia de resposta seja repensada em 2019. Até o final do ano, mais de 600 casos confirmados e suspeitos haviam sido notificados e 350 pessoas haviam morrido.

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