República Democrática do Congo

Saiba como MSF atuou no país em que os recursos financeiros foram mais necessários

Primeiro projeto de MSF no país em 1977 

1.687.900 consultas ambulatoriais
679.500 vacinas contra o sarampo
607.400 casos de malária tratados

Em 2019, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) atuaram em 21 das 26 províncias da República Democrática do Congo (RDC), oferecendo uma ampla gama de serviços, incluindo cuidados de saúde gerais e especializados, nutrição, vacinação, cirurgia, cuidados pediátricos e apoio a sobreviventes de violência sexual. Também realizamos tratamento e atividades de prevenção para HIV/ Aids, tuberculose (TB), sarampo, cólera e Ebola.

A Maior Epidemia de Sarampo do Mundo

O maior surto de sarampo já registrado assolava a RDC desde 2018, e, em junho de 2019, foi declarada uma epidemia nacional pelo governo congolês. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 310 mil pessoas contraíram sarampo e mais de 6 mil morreram da doença na RDC em 2019. Apoiamos atividades de vigilância local, campanhas de vacinação em massa e tratamento de casos complicados em 16 províncias: Kivu do Norte e do Sul, Bas-Uélé, Kasai, Kasai Central, Kwilu, Mai-Ndombe, Ubangi do Sul, Tshopo, Tshuapa, Ituri, Congo Central e as quatro ex-províncias de Katanga. Vacinamos mais de 679.500 crianças e tratamos outras 48 mil em nossas instalações.

Assistência a Pessoas Deslocadas

A violência intercomunitária em Ituri voltou a eclodir nos territórios de Djugu e Mahagi, deslocando mais de 1 milhão de pessoas. No fim do ano, aproximadamente 200 mil pessoas estavam abrigadas em cerca de 80 acampamentos improvisados. Nossas equipes prestaram assistência médica e distribuíram água e itens essenciais em cerca de 30 locais.

Cuidados Integrais nas Províncias do Kivu

MSF mantém projetos de longo prazo nas províncias do Kivu, atormentadas há anos por conflitos. No Kivu do Norte, nossas equipes atuam nas zonas de saúde de Goma, Mweso, Walikale, Masisi, Rutshuru, Bambu e Kibirizi, oferecendo atendimento emergencial e intensivo, cirurgia, encaminhamento médico, assistência neonatal, pediátrica e materna, apoio à saúde mental, programas de HIV e TB, vacinas, nutrição e tratamento para violência sexual e de gênero. No Kivu do Sul, apoiamos hospitais e centros de saúde nas zonas de saúde de Baraka, Mulungu, Kalehe e Kimbi-Lulenge, com tratamento para desnutrição, HIV, TB e outras doenças infecciosas, cuidados de saúde mental e assistência à saúde materna e reprodutiva.

Tratamento de Sobreviventes de Violência Sexual

Nas províncias do Kivu, bem como em Kasai Central, Maniema e Ituri, oferecemos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo tratamento médico e psicológico para sobreviventes de violência sexual e de gênero — a maioria são mulheres e meninas.

Respostas e Epidemias

Ao longo do ano, MSF apoiou a resposta nacional a grandes surtos de cólera nas províncias do Kivu. Na zona de saúde de Bili, onde a malária é endêmica, atuamos em 62 unidades de saúde, com foco no tratamento de crianças com menos de 5 anos de idade. Menos de 60% das pessoas que vivem com HIV/Aids têm acesso ao tratamento antirretroviral. Em 2019, acompanhamos 1.821 pessoas registradas em programas de HIV nos centros de saúde de Misisi, Lulimba e Nyange, no Kivu do Sul.

Em julho de 2019, a OMS declarou a epidemia de Ebola uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Até o dia 31 de dezembro, havia cerca de 3.300 casos confirmados e 2.200 mortes. Mais de mil pacientes sobreviveram à doença. MSF prestou assistência nas províncias do Kivu do Norte e de Ituri, incluindo cuidados médicos para casos confirmados e suspeitos e vacinação para pessoas que estiveram em contato próximo com aqueles diagnosticados com a doença. Em fevereiro, os centros de tratamento de Ebola que apoiamos em Butembo e Katwa sofreram ataques violentos, forçando nossas equipes a deixar a área. Entre julho e agosto, apoiamos as autoridades de saúde de Goma e do Kivu do Sul, bem como do país vizinho Uganda, após a confirmação de casos nesses locais. Nossos desafios contínuos são ganhar a confiança das comunidades e engajá-las, para que haja uma resposta eficaz ao surto de Ebola.

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