Iêmen, Rep. Centro-Africana e Nigéria

Países em conflito estão entre aqueles que mais precisaram da ação de MSF em 2019

IÊMEN

Ano em que MSF trabalhou pela primeira vez no país: 1986

308.900 consultas ambulatoriais
75.800 pacientes internados

No quinto ano de conflito no Iêmen, confrontos violentos nas frentes de batalha e ataques frequentes a instalações de saúde impediram o acesso de civis a serviços médicos essenciais. O conflito também provocou milhares de mortes e ondas de deslocamento maciças. A destruição de instalações de saúde e a escassez de profissionais qualificados, medicamentos e suprimentos médicos contribuíram para o colapso do sistema de saúde iemenita. Em 2019, Médicos Sem Fronteiras (MSF) trabalhou em 12 hospitais e centros de saúde e apoiou mais de 20 unidades de saúde em 12 províncias do Iêmen. Nas províncias de Hajjah, Saada, Amran, Ibb e Taiz, nossas equipes trataram 7.330 crianças com desnutrição em programas de nutrição hospitalar. A busca de cuidados de saúde materno-infantis foi alta: assistimos 5.900 partos em Taiz, Hajjah e Ibb.

Entre janeiro e abril, atendemos 15.265 pacientes com suspeita de cólera. Tratamos pacientes com sarampo em Abs, Haydan, Ibb, Khamer e Taiz. Também respondemos a surtos de difteria e dengue nas províncias de Ibb, Taiz, Hajja e Haydan.

REP. CENTRO-AFRICANA (RCA)

Ano em que MSF trabalhou pela primeira vez no país: 1997

967.000 consultas ambulatoriais

Apesar do acordo de paz assinado pelo governo e grupos armados na República Centro-Africana (RCA) em fevereiro, a violência persistiu em muitas partes do país. Ataques em larga escala contra civis diminuíram, mas milhares de pessoas ainda vivem com medo constante, expostas a agressões, estupros e assassinatos, sem acesso a cuidados de saúde ou a outros serviços básicos. Até o fim de 2019, mais de 687 mil pessoas continuavam deslocadas internamente, enquanto o número de refugiados da RCA em países vizinhos havia subido para 592 mil. A insegurança dificultou a capacidade de Médicos Sem Fronteiras (MSF) de prestar assistência médico-humanitária. Ainda assim, mantivemos 12 projetos voltados para comunidades locais e deslocadas em seis províncias e na capital, Bangui. Oferecemos atendimento médico geral e de emergência, vacinação, cirurgia de trauma, serviços maternos e pediátricos, assistência a sobreviventes de violência sexual e tratamento contra malária, HIV e tuberculose.

NIGÉRIA

Ano em que MSF trabalhou pela primeira vez no país: 1996

287.200 consultas ambulatoriais

Em 2019, a intensificação da violência e da insegurança agravou as necessidades na Nigéria. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas estejam privadas do acesso à ajuda humanitária. Médicos Sem Fronteiras (MSF) manteve o apoio à população afetada por confrontos e deslocamentos em vários estados. No nordeste do país, onde o conflito entre o governo e grupos opositores já dura mais de 10 anos, administramos prontos-socorros, centros cirúrgicos, maternidades e enfermarias pediátricas. Oferecemos cuidados nutricionais, vacinas, tratamento para malária, tuberculose e HIV; atendimento a sobreviventes de violência sexual; e apoio à saúde mental. Em Maiduguri, capital do estado de Borno, tratamos mais de 7.600 crianças com desnutrição grave, cerca de 7.700 com malária e mais de 3.800 com sarampo durante um surto acentuado pelo conflito. Em Gwoza e Pulka, cidades controladas pelos militares nigerianos, prestamos atendimento de emergência a quase 18.600 pacientes em hospitais públicos.

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