IMPEDIDOS DE EXISTIR
Perseguida há décadas, a população rohingya se viu novamente obrigada a atravessar fronteiras para salvar sua própria vida. Desde 25 de agosto de 2017, cerca de 700 mil rohingyas fugiram da violência de que são alvo no estado de Rakhine, em Mianmar, e buscaram segurança no país vizinho Bangladesh.
Bebê com 15 dias de vida, prematuro e gravemente desnutrido, recebe tratamento na unidade pediátrica e neonatal do centro médico de MSF no acampamento de Kutupalong, Bangladesh. A desnutrição atinge 20% da população refugiada no local.
Subi Katum, de 70 anos, fugiu para Bangladesh no início de março deste ano. “Meu marido foi morto em Mianmar e minha enteada desapareceu. Estou exausta, não consigo andar. Fiquei sem comer por três dias. É muito difícil.”
Uma mãe conforta seus dois filhos após escaparem da violência em Mianmar. Entre os recém-chegados, muitas pessoas apresentam lesões causadas pela violência, inclusive sexual, e complicações obstétricas.
As condições de vida das crianças rohingyas nos campos de refugiados em Bangladesh são sombrias. A superlotação dos assentamentos aumenta as chances de proliferação de doenças como diarreia e infecções respiratórias.
Refugiados rohingyas recebem alimentos em Bangladesh. Como os preços no mercado subiram rapidamente, os recém-chegados ficaram completamente dependentes da oferta de ajuda humanitária.
Atendimento no departamento de tuberculose do centro médico de MSF em Kutupalong, Bangladesh. Por causa da insegurança alimentar, feridos, doentes e pacientes crônicos são particularmente vulneráveis a contrair novas infecções.
Profissionais de MSF atendem menino rohingya no centro de tratamento de difteria do campo de refugiados de Moynarghona em Bangladesh. O surto da doença, que teve início em dezembro de 2017, se estende até hoje na região de Cox’s Bazar.