Repassamos um projeto: o que isso significa?
Os projetos de Médicos Sem Fronteiras (MSF) podem durar semanas, meses ou anos, a depender da necessidade local. Repassar (o que significa também encerrar) um projeto é sempre uma boa notícia, pois significa que o problema retrocedeu ou que as autoridades locais já têm a experiência e os recursos necessários para conduzir o trabalho sem o apoio de MSF. Conheça alguns dos projetos que repassamos recentemente.
Nessa foto de 2020, Ajibah Sumaleg é atendida por MSF na cidade de Marawi. | FILIPINAS © Veejay Villafranca
Após cinco anos, concluímos o projeto para sobreviventes da batalha de Marawi, nas Filipinas. Entre 2018 e 2022, equipes de MSF realizaram 30 mil consultas de saúde primária na região. Com as fases aguda e pós-emergencial de nossa resposta médica concluídas, MSF decidiu encerrar o projeto e transferir as atividades às autoridades de saúde locais.
Housseni fez t Nessa foto de 2020, Ajibah Sumaleg é atendida por MSF na cidade de Marawi. erapia de quelação a 1 ano e 5 meses de idade. | NIGÉRIA © Olga Victorie/MSF
De 2010 a 2022, MSF atuou no estado de Zamfara, na Nigéria, onde centenas de crianças haviam morrido por envenenamento por chumbo. Rastreamos mais de 8 mil crianças contaminadas com a substância, e mais de 80% delas foram inscritas em um programa médico. Quase 12 anos após o início das atividades de MSF na região, não há mais crianças morrendo por envenenamento por chumbo em Zamfara, e o programa foi repassado às autoridades locais.
Centro de tratamento de cólera em Quelimane, na Zambézia. | MOÇAMBIQUE © Martim Gray Pereira/MSF
Em março deste ano, após o segundo impacto do ciclone Freddy em Moçambique, as autoridades de saúde na província da Zambézia declararam um surto de cólera – o pior registrado no país nos últimos oito anos. Rapidamente, MSF iniciou uma resposta de emergência na província, que incluiu estabelecimento e apoio a centros de tratamento, suporte na gestão de pacientes, recrutamento de equipes médicas, doação de medicamentos e treinamento de profissionais. Com a acentuada redução de pacientes admitidos, em abril, MSF repassou às autoridades locais três instalações de tratamento de cólera e as atividades de resposta à doença na cidade de Quelimane, capital da Zambézia